domingo, 10 de maio de 2009

FELIZ DIA DAS MÃES - 2009

Montagem IBTM (Ilck)
Não se pode comemorar um "Dia das Mães" sem antes nomear como e quando se faz a "construção da maternidade". Para Winnicott, uma criança para se desenvolver bem necessita de "uma mãe suficientemente boa".
Falar em construção é o mesmo que defender a idéia de que SER MÃE é algo que se aprende ao longo das vivências. Possivelmente, há uma sobrecarga imensa em achar que todas as mulheres possuem "um instinto materno", que vem com um manual impresso internamente. Esta "construção" se faz dia-a-dia e é particular de cada um.

"Ser mãe é muito mais do que gerar um filho;
é saber que “... muitas das mais intensas emoções humanas
surgem durante a formação, manutenção, rompimento ou renovação dos vínculos emocionais...” (Bowlby)"
Não há melhor receita do que a relação, o vínculo e as situações que são vivenciadas por "tentativas de ensaio e erro". Mais do que teorias e técnicas existe o feeling de mãe que sabe conduzir a sua melhor forma, que nem sempre é a de um senso comum. Cabe apenas o bom senso. Dentro daquilo que significa CUIDAR: tratar, pensar, ter cuidado em, se interessar...É tentar escolher as melhores alternativas que visam satisfazer o estabelecimento de um bom vínculo afetivo.
Acredito que deve-se desmistificar que existe uma regra única dessa passagem, que uma boa mãe é apenas aquela que pode dar leite materno ou aquela que se fixa ao bebê. Deve-se abrir espaço às subjetividades, que cada um encontre a sua melhor maneira de demonstrar afeto e cuidado. Dentro desta perspectiva, o que provavelmente garantirá maior êxito é na MÃE que acredita que pode confiar nela mesma para produzir respostas adequadas e satisfatórias às necessidades da criança. Este é o primeiro contrato a ser firmado, o da mãe passar a segurança de seu laço afetivo harmônico, onde se constrói uma ligação íntima sobre a percepção do outro. Mais do que uma reação instintiva, que muitas vezes é hipervalorizada e até criadora de mitos, é a sensibilidade de perceber e de tomar decisões conforme as possibilidades, que priorizem uma troca afetiva...Seja em um embalar...Seja em parar para dar uma mamadeira afetiva...Seja num simples olhar...Mas nada do que diz respeito à uma cartilha a seguir. Cada um encontra o seu modo de agir e deve valorizar como seu padrão próprio de interação. Todo afeto e toda maternidade é construída com base na proximidade física e emocional. É um laço de intimidade que se conquista, que se vivencia e só é aprendido se for experimentado dentro de uma subejtividade e percepção própria...Como um olhar expressivo de AMOR de cada um...Um olhar de mãe que pensa por ela e por seu filho nas mãos...de ser ela quem o direciona no mundo.
A todas as que têm coragem de assumir esta responsabilidade:
FELIZ DIA DAS MÃES!!!!!!
Ilckmans Bergman

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