quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A FALTA DE ASSISTÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Aos colegas...Aos que se importam...Aos que podem tentar modificar alguma coisa:


Jornal Opção - Goiânia



"No dia 1º de janeiro, Lucas Lemes de Morais, 49, matou a mãe a pauladas. Ilídia Pimenta de Morais, 69, havia mudado há um mês do Setor Campinas para uma chácara, em Goiânia, para cuidar do filho, esquizofrênico. Alucinado, Lucas viu veneno nos bolinhos que a mãe fez para ele. Divorciado, pai de três filhos, ele morava num barracão ao lado da casa de Ilídia, que o sustentava.



Pode-se dizer que falhas na assistência ao doente mental mataram a idosa. Agressivo, Lucas já havia atacado o pai e um sobrinho. Não recebia assistência médica adequada nem tomava corretamente os remédios. Internado na Pax Clínica Psiquiátrica no dia 27 de setembro de 2007, foi atendido pela equipe do psiquiatra Salomão Rodrigues Filho. "Ele chegou numa unidade do SAMU, contido por bombeiros e acompanhado da mãe. Estava em crise aguda. Três dias após a internação, sofreu um infarto e foi levado para o Hugo (onde agrediu uma enfermeira antes de fugir)", conta Salomão Rodrigues. "Como o caso era muito grave, deixamos uma vaga reservada para o paciente, mas a família não conseguiu convencê-lo a se internar novamente." Há meses Lucas de Morais não trabalhava e vivia dizendo que havia encontrado ouro e diamante.



Vizinhos se reuniram para linchar o doente mental após ter matado a mãe. Ele escapou de ser morto se escondendo no barracão onde morava, armado com facão, até a chegada da polícia. Lucas é considerado inimputável, ou seja, como tem grave transtorno mental, não pode ser julgado e condenado pelo assassinato"


Alguns aspectos da assistência psiquiátrica levam à cronicidade, à medida em que esta não oferece respostas às crises e a seus significados.

ASSISTÊNCIA
"Não é com sossega leão ou banho de água fria"

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